“Hoje em dia a pizza vem congelada, a roupa se lava sozinha, o Mc Donalds entrega em casa e o filme não precisa mais rebobinar. Ninguém abre a Barsa para fazer um trabalho, cada um tem seu celular, e é tudo tão cômodo que a gente ate se esqueceu que nem sempre foi assim.
A tecnologia nos deu um mundo novo: mais rápido, mais fácil e, antes de qualquer coisa, passageiro. O hotmail rasga automaticamente as minhas cartas, as fotos somem sempre que o computador estraga, todo mês a Tim lança quatro ou cinco modelos diferentes de celular. Estranho? Claro que não. Já estamos tão acostumados que mal percebemos a insolidez e instantaneidade das coisas.
E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o “ficar” e admite tranqüilamente sexo sem compromisso. Diferentemente da minha mãe, não preciso namorar pra beijar na boca ou me casar para deixar de ser virgem. E, se ao 17 eu me sentia em vantagem, hoje, alguns anos depois, começo a admirar aqueles tempos.
Para onde foram o romantismo, o amor verdadeiro, as flores, as declarações? O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança? Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças-feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem?
O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a idéia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote. Difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz!
Posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a Internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances express, nem se contenta com amostras grátis de amor."
AutordesconhecidO
A tecnologia nos deu um mundo novo: mais rápido, mais fácil e, antes de qualquer coisa, passageiro. O hotmail rasga automaticamente as minhas cartas, as fotos somem sempre que o computador estraga, todo mês a Tim lança quatro ou cinco modelos diferentes de celular. Estranho? Claro que não. Já estamos tão acostumados que mal percebemos a insolidez e instantaneidade das coisas.
E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o “ficar” e admite tranqüilamente sexo sem compromisso. Diferentemente da minha mãe, não preciso namorar pra beijar na boca ou me casar para deixar de ser virgem. E, se ao 17 eu me sentia em vantagem, hoje, alguns anos depois, começo a admirar aqueles tempos.
Para onde foram o romantismo, o amor verdadeiro, as flores, as declarações? O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança? Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças-feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem?
O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a idéia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote. Difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz!
Posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a Internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances express, nem se contenta com amostras grátis de amor."
AutordesconhecidO
Nenhum comentário:
Postar um comentário